O TRE de Mato Grosso do Sul aceitou denúncia contra o prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes, o servidor comissionado Marconi de Souza Junior, conhecido como Macaco, e a ex-secretária-adjunta de Saúde, Mariluce Gonçalves Leão, responsável pela Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde.. Se condenado, o tucano pode ficar inelegível pelos próximos oito anos.
A Procuradoria Regional Eleitoral afirma que há provas de que Iunes cometeu os crimes de corrupção eleitoral 24 vezes e o de falsidade ideológica sete vezes. Além do prefeito, tornaram-se réus o assessor Marconi de Souza Júnior e a servidora técnica de Saúde Mariluce Gonçalves Leão, responsável pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde, a Casa Verde.
A ação tem como base um inquérito da Polícia Federal que abordou Marconi quando saía do diretório de campanha eleitoral do PSDB em Corumbá com uma planilha de dados com número de título de eleitor, seção e zona eleitoral de dezenas de eleitores corumbaenses.
Os policiais encontraram R$ 7.750,00 em espécie, divididos em porções de R$ 250,00 cada, bem como listas de pessoas contendo informações de nome, telefone e bairro, além de material de campanha dos candidatos a prefeito Marcelo Iunes e a vereador Yussef Salla. Também constava cópia da requisição de exame médico e de assistência para pacientes.
A denúncia aponta que Iunes cometeu crime eleitoral pelo menos 24 vezes, com a participação de Marconi e Mariluce Gonçalves. Segundo a denúncia, a compra de votos variava entre entrega de dinheiro, cestas básicas, remédios e antecipação de exames e procedimentos médicos por meio de um laboratório de propriedade do irmão e da esposa do prefeito, tudo comandado por Marconi, apontado como operador do esquema.
Os policiais encontraram R$ 7.750,00 em espécie, divididos em porções de R$ 250,00 cada, bem como listas de pessoas contendo informações de nome, telefone e bairro, além de material de campanha dos candidatos a prefeito Marcelo Iunes e a vereador Yussef Salla. Também constava cópia da requisição de exame médico e de assistência para pacientes.
Na denúncia consta que Marconi tentou destruir o aparelho celular ao ser conduzido para delegacia após abordagem. Todavia, com a quebra de sigilo telefônico dele, foram encontrados indícios de uma associação criminosa composta por agentes públicos e políticos que atuavam praticando crimes eleitorais, em especial, compra de votos em Corumbá.
Em julgamento nesta terça-feira (18), o relator do caso, o juiz José Eduardo Chemin Cury, votou para aceitar a denúncia e foi seguido de forma unânime por todos os colegas do TRE-MS.
Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul
